Prefeituras de PR e PE preparam parcerias público-privadas para lixo
As prefeituras de Maringá (PR) e Caruaru (PE) preparam editais de parcerias público-privadas para serviços de coleta e tratamento ... Ler mais
A Prefeitura do Rio e o Governo do Estado divulgaram na noite desta segunda-feira os procedimentos que serão adotados para que seja feita a separação e devolução de bens das vítimas do desabamento de três prédios no centro do Rio.
Leia cobertura sobre o desabamento no Rio
Veja galeria de fotos do desabamento
Vídeos mostram cenário caótico após prédios caírem
Crea ouvirá engenheiro responsável por obras em prédio que desabou no Rio
Órgão recebe 170 denúncias sobre obras após desabamento no Rio
Bombeiros fazem busca manual por vítimas de desabamento no Rio
Corpos podem ter sido carbonizados, diz chefe dos Bombeiros
As 45 mil toneladas de escombros, armazenados em um terreno da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), no km 0 da rodovia Washington Luis, estão sendo monitoradas por câmeras, instaladas pela prefeitura, e vigiadas pela PM. As imagens estão sendo gravadas.
Depois que o Corpo de Bombeiros vistoriar toda a área em busca de corpos de vítimas que possam eventualmente ter sido levados para lá, será a vez de a Polícia Técnica examinar os escombros. Na sexta-feira (27), o corpo de uma pessoa, ainda não identificado, foi encontrado em meio ao entulho.
A partir da liberação da Polícia Técnica, uma empresa a ser contratada pela prefeitura fará a separação dos bens que forem encontrados no entulho.
O material será separado em três grupos: documentos e papéis, bens pessoais e materiais --como celulares e computadores-- e objetos de valor (cartão de crédito, cheques, dinheiro e jóias).
Os bens serão catalogados e, ao fim do dia, recolhidos pela Polícia Civil e levados para uma delegacia ainda não determinada. A devolução dos pertences será feita lá. Depois de comprovada a posse dos bens, eles serão devolvidos a seus proprietários, que assinarão um termo atestando tê-los recebido de volta.
Representantes dos proprietários dos bens poderão acompanhar, à distância, o trabalho de separação e catalogação dos bens.
Victor R. Caivano/Associated Press | ||
![]() |
||
Bombeiro busca vítimas nos escombros dos prédios que caíram no centro do Rio; veja galeria de imagens |
JUSTIÇA
O escritório de advocacia Blatter e Galvão, que ocupava o 13º andar do edifício Liberdade e está formando uma associação de vítimas dos prédios desabados no centro do Rio, conseguiu ontem na Justiça liminar obrigando a prefeitura a permitir acesso ao local para onde estão sendo levados os destroços.
A juíza Angélica dos Santos Costa deu prazo de 24 horas para a prefeitura permitir que os proprietários acompanhem em tempo integral os trabalhos e que os bens identificados sejam imediatamente entregues aos titulares mediante recibo.
A decisão vale para o escritório e para os demais representantes que já fazem parte da Associação das Vítimas da 13 de Maio, que ainda está em processo de registro.
A juíza entendeu que, em face dos acontecimentos, mesmo não sendo ainda registrada, a associação já tinha capacidade jurídica para ser beneficiada pela ação.
Além de determinar que as vítimas possam acompanhar os trabalhos nos destroços, a Justiça decidiu também corpos ou restos mortais encontrados no entulho sejam imediatamente transferidos para local adequado para serem identificados pelas famílias.
Na sexta-feira, a Folha flagrou operários desviando bens pessoais no depósito provisório para onde estavam sendo levados os destroços, na região portuária.