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BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal pretende continuar com crescimento das operações de crédito em ritmo maior que o restante do mercado em 2012. O diretor de controladoria da instituição, Emílio Carmignan, disse à Agência Estado que o plano de negócios da casa prevê expansão de 30% da carteira de crédito neste ano. O ritmo é praticamente o dobro do previsto por muitos analistas, que esperam expansão do mercado em torno de 15%.
Segundo o executivo, o avanço dos empréstimos no banco federal será liderado mais uma vez pelos financiamentos voltados às empresas, que devem terminar o ano com expansão de 40%. Nas operações para as pessoas físicas, o ritmo de crescimento deve ficar em torno de 30%.
Os números apresentados por Carmignan revelam uma desaceleração no ritmo de expansão do crédito porque de janeiro a novembro de 2011 as operações da Caixa cresceram 41%, sendo que a expansão dos empréstimos para empresas tem ritmo próximo de 50% e as voltadas às pessoas físicas, em torno de 30%. Essa desaceleração para 30% em 2012 acontece em um ano em que a economia deve crescer mais que em 2011 e ainda com juros menores, já que o Banco Central deve continuar com a estratégia de reduzir a taxa Selic.
Esse crescimento de 30% é apenas o plano inicial. Começamos o ano com esse número, mas vamos olhando o cenário e os negócios, disse o diretor da casa, ao sinalizar que o número pode, eventualmente, ser revisado para cima. Até na previsão somos conservadores.
Se confirmada, a expansão das operações de crédito em torno de 30% deve levar o banco a ter participação de mercado entre 14% e 15% no fim de 2012. Em 2011, a Caixa deve fechar o ano com fatia entre 12,5% e 13%. Um ano antes, no fim de 2010, a parcela do mercado do banco estatal era de 10,3%.
O esforço da Caixa em expandir os financiamentos em 2012 está alinhado com a estratégia do governo federal de incentivar a economia via crédito. Carmignan explica que o plano de negócios da casa prevê ação em linha com a estratégia do governo em diversas frentes, desde incentivo ao consumo até infraestrutura urbana.
A Caixa pretende continuar crescendo em crédito de maneira sustentável de modo a gerar resultados também sustentáveis. Isso é importante para que o banco possa desenvolver políticas públicas com mais força. É preciso ter resultados para continuar essas ações e programas, disse em entrevista à Agência Estado.
Nas operações comerciais, um dos focos serão as operações de crédito para consumo das pessoas físicas. O banco aproveitou oportunidades em 2008 e fez isso novamente agora em 2011. Obviamente, vamos continuar fazendo, disse o executivo. Entre as linhas que estão no radar do banco para conseguir crescer 30% em 2011 estão o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e o consignado.
O consignado acaba sendo usado também para consumo e é a nossa principal linha de crédito, disse. Além disso, seguem as oportunidades em cartão de crédito, que é um mercado que continua em crescimento e a Caixa tem avançado na emissão de plásticos, o que gera oportunidades no crédito parcelado e no rotativo.
Para a pessoa jurídica, o foco deve ser as micro e pequenas empresas. Nesse segmento, oferecemos uma solução financeira de crédito ampla, que vai do capital de giro até o financiamento para investir, disse. Fora do crédito comercial, o banco tentará expandir as operações de microcrédito orientado, operação que também pode ser contratada por pessoas físicas e faz parte de um programa do governo federal para microempreendendores.
Além das pequenas, o executivo lembra que o banco não quer perder mercado entre as grandes empresas - segmento conquistado após a crise de 2008. Nessa frente que foi aberta, a Caixa não pretende abrir mão.